Aquele coveiro corcunda estava limpando um dos túmulos do cemitério, quando ouve alguns ruídos esquisitos e, assustado, começa a correr.
— Não corra... Eu não vou te fazer mal — diz uma voz que começa a se materializar à sua frente.
— Quem é você? — ele pergunta, com voz trêmula.
— Eu sou o fantasma Gaspar! Você tem amigos?
— Não! — responde o coveiro.
— Tem dinheiro?
— Não!
— Tem família?
— Também não!
— Então, me dá essa corcunda! — e desaparece no ar.
Felicíssimo, o coveiro sai contando para todo mundo o ocorrido.
Ao relatar o acontecido para um amigo paraplégico, este último resolve tentar a mesma sorte e passa a freqüentar assiduamente o cemitério.
Até que um dia ouve a mesma voz:
— Quem é você? — ele pergunta.
— Eu sou o fantasma Gaspar! Você tem amigos?
— Não! — respondeu o aleijado, todo sorridente.
— Você tem dinheiro?
— Não!
— Você tem família?
— Também não!
— Então, toma essa corcunda!
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